terça-feira, 3 de abril de 2012

Consultor dá dicas para não errar na compra da casa própria



A compra da casa própria é uma das decisões mais importantes na vida de qualquer família. As condições podem ser tentadoras, mas é preciso tomar cuidado para não perder dinheiro.

O primeiro passo no longo caminho para a casa própria é planejar, estudar e pesquisar muito bem, já que as ofertas estão por aí.

“Tem que pensar bem porque financiamento a longo prazo é uma 

divida bem alta. Você tem que planejar e estudar bem”, alerta um especialista.

“Em função da estabilidade econômica que o país atravessa, os financiamentos habitacionais cresceram de maneira muito significativa”, explica o superintendente da Caixa Econômica.

E como cresceram. O volume total de financiamentos imobiliários praticamente dobrou em apenas um ano: de R$ 9,3 bilhões em 2006 para R$ 18,3 bilhões em 2007.

Vinicius e Ana Paula compraram um apartamento de dois quartos por R$ 118 mil. Até a entrega das chaves, daqui a um ano, eles vão pagar parcelas de R$ 350. Eles estão fazendo poupança há algum tempo para pegar o menor financiamento possível.
 

 Guardar dinheiro
“Vamos financiar em dez anos e estamos pretendendo dar uma entrada de pelo menos 50% do valor do imóvel”, conta Vinícius.

Para especialistas, a decisão é muito boa, pois quanto menos juros pagar, melhor será o negócio.

De acordo com o consultor Luis Carlos Ewald, na hora do financiamento, é preciso ter muito cuidado para não dar um passo maior do que a perna com o valor da prestação que será assumido. Se a pessoa se arrepender, poderá ter que devolver o imóvel.

No entanto, segundo o superintendente da Caixa Econômica, se a escolha for acertada, o comprador irá pagar um valor de financiamento inferior, inclusive, a um aluguel. Outra dica importante para quem quer financiar é não comprometer mais de 30% do orçamento familiar com as prestações.

“Na hora de pegar o financiamento, o apartamento está pronto. Você deve ter muito cuidado com o prazo, que pode chegar a 30 anos. No entanto, se você pagar mais R$ 180, ao invés de ser 30 anos, pode ser em 20 anos”, ensina Ewald.
 Confiança?
Além do financiamento, outra dúvida que quase todo mundo tem na hora de comprar é se a construtora é sólida e se vai mesmo entregar a obra no prazo.

“Eu sugiro que primeiro a pessoa investigue bastante uma construtora que tenha histórico e credibilidade, conheça suas obras. Depois é preciso fazer um planejamento para que ela realmente possa dar conta de comprar e saldar o seu pagamento”, recomenda um especialista.

E será que é melhor comprar um apartamento já pronto?

“Eu não acho que é uma questão de melhor, é uma questão de caber no bolso ou não. No pronto, além de ser mais caro, o consumidor tem que dar um sinal maior. Na planta, tem um período maior para dividir essa poupança, o que vai facilitar”.

O apartamento que Fabiana deseja comprar custa R$ 132 mil. Ela pretende pagar R$ 32 mil durante a obra. “Quanto aos R$ 100 mil restantes, mais para frente penso em como vou fazer. Provavelmente vou ter que procurar um banco”.

Fabiana pode pegar esses R$ 100 mil em um banco que cobre no máximo com taxa de 9% ao ano. Como há concorrência, pode ser até menos.

E como ela está grávida, o primeiro filho consome 30% do orçamento de despesa do casal. Portanto, é preciso ter ainda mais cuidado. 

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