Feira de Santana, "a Princesa do Sertão", como foi apelidada por Ruy Barbosa, em 1919, surgiu a partir de uma capela em homenagem a Nossa Senhora Santana erguida na Fazenda Sant’Anna dos Olhos D’Água, de propriedade de Domingos Barbosa de Araújo e sua mulher Ana Brandoa. As origens do atual Município de Feira de Santana remontam ao século XVII, período inicial do povoamento de sua região através, principalmente, da criação de gado e instalação de currais. Essa vocação para sediar núcleos de criação e engorda de gado resultou no surgimento, com o passar do tempo, de uma feira semanal.
A cidade desde suas raízes, traz características que ainda hoje fazem parte de seu cotidiano: a religiosidade de seu povo, a situação de entroncamento de estradas, as intensas atividades econômicas.
Esse processo de desenvolvimento cultural e econômico foi ainda maior durante os anos 40, 50 e 60.
Podemos destacar no desenvolvimento de Feira de Santana a fundação da Associação Comercial e a criação do Feira Tênis Clube, a abertura de estradas municipais, o início da construção e conclusão da nova Rodovia Feira-Salvador, pavimentação de várias artérias da Cidade, a construção da Biblioteca Municipal e do Matadouro Municipal, a inauguração do Fórum Felinto Bastos, a Estação Rodoviária e do Parque Agropecuário João Martins da Silva.
A partir de meados dos anos 60 e início de 70 continuou o processo de revitalização industrial. Nessa fase, foram criados o Centro das Indústrias de Feira de Santana – CIFS, e o Centro Industrial do Subaé – CIS, que tem como destaque na sua produção os setores da metalurgia, metal-mecânica, borracha, química, alimentos, transporte, material plástico, bebidas e embalagem, mudando a fisionomia ao Município, colocando-o em posição de destaque entre as regiões mais industrializadas do Estado, promovendo a geração de empregos e novas oportunidades de mercado.
Durante esse período, ocorreu também, uma mudança no setor habitacional com a construção da "Cidade Nova", primeiro conjunto do gênero na Cidade.
A fundação da Universidade Estadual de Feira de Santana, em 1976, foi um grande marco na história de Feira, representando um passo a mais na caminhada do desenvolvimento para o Município e sua região. Em 1977, a feira semanal foi transferida para um moderno Centro de Abastecimento, construído especialmente para abrigar, em espaçosos pavilhões, os comerciantes que ocupavam até então o centro comercial da Cidade. A década de 80 e a primeira metade de 90 confirmaram o franco desenvolvimento do Município de Feira de Santana nas diversas áreas, enquanto pólo de atração de investimentos, continuando a sua vocação original de centro comercial e criando novas perspectivas no âmbito da indústria moderna.
Feira de Santana, com uma população estimada de 519.173 habitantes, conforme dados do IBGE do ano de 2004, caracteriza-se por ser o maior entroncamento comercial do Norte-Nordeste, com empresas atacadistas que atendem todos os estados da federação, além de se destacar como centro varejista que tem como âncoras o Centro de Abastecimento, situado no centro da cidade e o Shopping Iguatemi, o maior do interior da Bahia.
No setor pecuário, predomina o comércio de gado de corte e leiteiro, abastecendo toda a micro-região. Na agricultura, destaca-se o cultivo de frutas e verduras nas lavouras permanentes e das culturas do milho, da mandioca e do feijão nas lavouras temporárias.
O setor de serviço, é o segmento que mais cresce nos últimos anos, destacando o segmento de educação, saúde, transporte e serviços bancários, gerando novos postos de trabalho e dinamizando outros serviços essenciais para o dia-a-dia do município.
Feira de Santana localiza-se numa zona de planície, entre o Recôncavo e os tabuleiros semi-áridos do Nordeste, numa extensão de 1.344 quilômetros quadrados, sendo 111 quilômetros quadrados cobrem a sede municipal. A cidade possui sete distritos: Bonfim de Feira, Governador João Durval Carneiro (ex-Ipuaçu), Humildes, Jaguara, Jaíba , Maria Quitéria (conhecido também como São José das Itapororocas) e Tiquaruçu.
O município limita-se com as seguintes cidades: Norte - Tanquinho, Santa Bárbara e Santanópolis; Sul - Antônio Cardoso, São Gonçalo dos Campos e Santo Amaro; a Leste - Santa Bárbara e Coração de Maria; Oeste - Anguera, Serra Preta e Antônio Cardoso.
Feira de Santana é a segunda cidade do Estado, depois da Capital, constituindo-se na sede de uma microrregião formada por 19 municípios, predominando as atividades agropecuárias, a altitude de 324 metros acima do nível do mar, tomando como ponto de referência à igreja de Senhor dos Passos, na avenida do mesmo nome. A distância da Capital é de 108 quilômetros, através da rodovia BR-324, em pista dupla totalmente asfaltada. coordenadas geográficas: 38º 57’ 53 “de longitude e 12º 15’ 24” de latitude.
O clima da região, segundo classificação do Kppen, é do tipo AW quente e úmido, com as chuvas de verão. Temperatura: média anual de 27º C. Máxima absoluta de 37º C e mínima de 14º C. Pluviometria: média anual de 873,3 mm e máxima em 24 horas de 173.0 mm. Umidade relativa do ar: média anual de 75º - Nebulosidade: média de 4,7, máxima de 6,3 e mínima de 3,3.
No aspecto cultural, a cidade dispõe do Centro de Cultura Amélio Amorim, CUCA, Centro de Cultura e Arte de Feira de Santana, Museu de Arte Contemporânea, Museu Casa do Sertão, além do Centro de Cultura Maestro Miro.
A Micareta de Feira surgiu em 1937, sendo a primeira do Brasil, a sua origem é de um grupo de feirenses inconformados pela não realização do Carnaval, impossibilitado por fortes chuvas. Com o passar do tempo, a festa se tornou uma das maiores manifestações populares do interior da Bahia e do Brasil. O nome deriva de uma festa francesa, Mi-carême, e desde os anos 90 vem se espalhando por várias capitais e cidades brasileiras, a partir do sucesso de sua realização em Feira de Santana.
Pela Princesa do Sertão, durante a festa, desfilam as principais atrações da música baiana, numa mistura de ritmos e muita musicalidade.
Ainda no campo cultural, destaca-se o São João de São José, o São Pedro de Humildes, além da Exposição Agropecuária, realizada no mês de setembro no Parque de Exposições João Martins da Silva, reunindo criadores, expositores e grandes atrações musicais.
Outro ponto forte na cultura feirense é a religiosidade e a devoção do povo, manifestadas durante a realização, no mês de julho, dos festejos em homenagem a excelsa padroeira Senhora Santana, tendo seu momento maior no dia 26 de julho, com a participação de aproximadamente 30 mil pessoas.
Feira de Santana Hoje.
01.: Vista aérea de Feira de Santana

02.: Prefeitura de Feira de Santana.

03.: Cruzamento das Avenidas Maria Quitéria com Detulio Vargas.

04.: Praça da Bandeira.

05.: Estádio Alberto Oliveira Jóia da Princesa.

06.: Catedral Metropolitana de Senhora Santana, Igreja Matriz.

Fotos Históricas
07.: Antiga feira livre na praça João Pedreira.

08.: Mercado Municipal, hoje Mercado de Arte Popular .

9.: Desfile comemorativo ao Centenário de Feira de Santana.

10.: Primeira Rainha da Micareta Lúcia Maria Oliveira.

11.: Trio Elétrico nas primeiras micaretas de Feira de Santana.

12.: Festa de Sant´Anna, na praça da Matriz.

Com produção e edição de Weldon Ferreira.
Pesquisas por Priscila Santos.
Fonte: Arquivo Publíco Municipal de Feira de Santana.
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